Cuido para não molhar a janela da vizinha
mas que não me voe o poema
da folha que coloquei na soleira
para secar a água que transbordou
do vaso da palmeirinha.
Mas se voarem não tem problema;
não a folha que está bem presa
mas as letras que estão no papel.
Talvez soltas ao léu, em afinada algaravia
me revelem outro poema
que ali estava e que
eu não sabia.
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